Oficina Terra
A oficina TERRA se concentra nos fluxos e transformações da matéria na composição das paisagens que habitamos. De onde vem e para onde vão os elementos que engendram o nosso estar no mundo, quais processos atravessam para alcançar sua existência, quais rastros deixam em sua passagem? Na oficina, vamos nos situar na Terra como composta de uma enorme variedade de matéria viva e não viva, em que cada elemento conta uma história. Vamos multiplicar as maneiras de interpelar esses elementos a partir de diferentes formas de aproximação à matéria. Finalmente, vamos organizar os fluxos da matéria terrestre por meio de diversos dispositivos. Os encontros visam a criar mapas possíveis de localização e transformação dos elementos em suas distintas configurações, funções e potências.
Facilitadores
André Araujo
Comunicólogo, professor e pesquisador associado da Associação de Pesquisas e Práticas em Humanidades (APPH) e pesquisador do CNPq. Doutor em Comunicação (UFRGS), pesquisa atualmente temas vinculados à filosofia da comunicação, literatura especulativa e estudos de mídia. É coordenador conjunto do projeto “A Terra e nós: educação, pesquisa e cidadania no Antropoceno” (CNPq) e membro fundador do Grupo de Pesquisa em Ecologia das Práticas (GPEP) e do Grupo de Pesquisa Semiótica e Comunicação (GPESC).
Ariel Kuaray Ortega
Artesão, cineasta e pensador mbyá-guarani. Diretor de Mokoī Tekoa, Peteī Jeguata, Bicicletas de Nhanderu, Desterro Guarani, Tava a casa de pedra, Mbya Mirim e No caminho com Mário. Atualmente mora na Tekoa Koē’ju, em São Miguel das Missões, Brasil, onde desenvolve trabalho de recuperação de áreas florestais degradadas junto ao Centro de Trabalho Indigenista (CTI) e integra o Coletivo Mbyá-guarani de Cinema e o Coletivo Ará Pyau de Cine (Argentina).
Fernando Silva e Silva
Professor, tradutor, pesquisador e cofundador da Associação de Pesquisas e Práticas em Humanidades (APPH). Doutor em Filosofia (PUCRS), sua pesquisa se concentra nas práticas de produção de conhecimento e de verdades; na especulação metafísica, ficcional e social; e no pensamento ambiental. Coordena o Grupo de Pesquisa em Ecologia das Práticas e coordena conjuntamente o projeto “A Terra e nós: educação, pesquisa e cidadania no Antropoceno” (CNPq) e a coleção Desnaturadas da editora Bazar do Tempo.
Júlia Gonçalves Silva
Graduada em Relações Públicas e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Participa do grupo de pesquisa Tecnologia, Meio Ambiente e Sociedade (TEMAS) e do Grupo de Pesquisa em Ecologia das Práticas (GPEP/APPH). Tem interesse nas temáticas dos estudos sociais de ciência e tecnologia e do pós-desenvolvimento, pesquisando sobre negociações e mediações de conflitos ambientais em projetos de desenvolvimento sustentável no contexto das mudanças climáticas.
Marília Kosby
Poeta e antropóloga nascida no extremo sul do Brasil. Autora dos livros Os baobás do fim do mundo (2011), Mugido (2017) e Alma-caroço (2021), com o ensaio de antropologia Nós cultuamos todas as doçuras, recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura e o Prêmio Boas Práticas de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial Brasileiro. Doutora em Antropologia Social (UFRGS), com pós-doutorado em Filosofia pela Université de Liège (Bélgica), é professora no curso de Medicina da Universidade Federal do Pampa – campus Uruguaiana.