Mesa Contaminações: confusão das fronteiras

10 de novembro / qui / 9h às 11h

Teatro Bruno Kiefer
Casa de cultura Mário Quintana

Com o desenvolvimento histórico das ideias de indivíduo e autonomia, construímos um mundo com limites bem estabelecidos, ainda que toda entidade siga mantendo uma relação constitutiva com seu entorno. Em tempos de catástrofe climática, quando observamos a proliferação de efeitos locais em escala global, precisamos nos perguntar quais as conexões que se estabelecem entre a diversidade de seres, borrando fronteiras antes fortemente estabelecidas. Que tipos de contágios e contaminações povoam o horizonte do Antropoceno? Como habitar o mundo sem nutrir ilusões de pureza? Poderíamos distinguir contaminações desejáveis e indesejáveis?

CONVIDADOs

Alexandro Cardoso

Catador de materiais recicláveis e cientista social. Membro do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), atualmente é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS. Tem experiência na área de Ciências Ambientais, atuando principalmente nos seguintes temas: catadores de materiais recicláveis, reciclagem popular, gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, humanidade e democracia.

Guilherme Moura FAgundes

Antropólogo e professor da USP. Doutor em Antropologia (UnB), foi pesquisador visitante na Universidade de Princeton e no Collège de France, onde é membro do grupo Anthropologie de la vie. Atua nas áreas de antropologia da técnica e da vida, com ênfase na tecnodiversidade dos manejos ecológicos. Suas pesquisas e produções audiovisuais interpelam o Antropoceno a partir da relação entre colonialidade, incêndios florestais e manejos do fogo. Costuma caminhar pelas áreas queimadas do Cerrado, sempre na companhia de brigadistas, gestores ambientais e quilombolas do gerais.

Jean Segata

Antropólogo e professor da UFRGS. Doutor em Antropologia (UFSC), foi pesquisador visitante na Brown University e pesquisador de pós-doutorado na UFSC e no Centro Nacional de Diagnóstico e Investigación en Endemo-Epidemias. Tem experiência em pesquisas sobre tecnologias digitais, relações humano-animal e saúde e ambiente. É coordenador do Núcleo de Estudos Animais, Ambientes e Tecnologias (NEAAT) e da Rede Covid-19 Humanidades MCTI.

Mediação: André Araujo