Mesa Retomadas: outros passados, novos futuros

11 de novembro / sex / 9h às 11h

Teatro Bruno Kiefer
Casa de cultura Mário Quintana

No Antropoceno, questões de justiça social e ambiental se entrelaçam de forma complexa e controversa. Para entender como a catástrofe ecológica se impõe no tempo presente, precisamos considerar novos agentes e relações nas histórias do passado, de modo a melhor orientar as decisões que moldarão nosso futuro em um planeta ferido. Como reativar no presente a memória e a força de lutas passadas, embaralhando as temporalidades em prol de uma existência mais justa e plural na Terra? Como reivindicações de reparação histórica podem transformar nosso presente e abrir caminho para melhores projetos de futuro?

convidados

Ana Paula Morel

Antropóloga e doutora em Antropologia pelo Museu Nacional/UFRJ, onde realizou pesquisa sobre cosmopolítica e educação no movimento zapatista. É professora no Departamento Sociedade, Educação e Conhecimento na UFF, atuando também na Pós-Graduação em Educação, na linha de pesquisa Estudos do Cotidiano e da Educação Popular. É coordenadora do projeto de extensão “Educação Popular em Saúde em tempos de negacionismos” na UFF.

Berenice Gomes de Deus

Dona Berê é uma quilombola ativista do Movimento Negro de Viamão. É presidenta do Quilombo da Anastácia,  território certificado pela Fundação Cultural Palmares e localizado no município de Viamão, no Rio Grande do Sul. Participa do Fórum de Promoção de Igualdade Racial de Viamão e do Fórum das Mulheres de Viamão.

Cacica Kerexú Takuá

Kerexú Takuá, 40 anos, também conhecida por Cacica Alice, é uma mulher indígena Guarani em retomada de seu corpo-território. Incentivada pela militância de seu pai, começou sua trajetória nos movimentos sociais quando tinha 12 anos de idade. Como coordenadora do Centro de Referência Indígena-Afro do Rio Grande do Sul, lidera as ações do Inventário Participativo Caminhos Guarani, iniciativa do CRIA-RS em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Coordena o Levante Indígena Urbano do Rio Grande do Sul e a Rede Indígena POA, que foi uma rede criada para recolher donativos para as mulheres indígenas. É integrante da Articulação Nacional de Indígenas em Contexto Urbano e Migrantes, além de integrar a GRUMIN/Rede de Comunicação Indígena. Foi a primeira mulher indígena Guarani a ingressar pelo sistema de ações afirmativas na UFPel em 2018 para cursar Pedagogia.

Mediação: Fernando Silva e Silva